PÓ | DUST
Em minha fantasia, comprei sonetos em pó;
Dissolvi, ingeri, achei-me capaz de poesia.
Só, de giz em riste, fazendo-me triste,
Desatei enlaces: meus enleios passionais.
De chofre, discorri-os pela folha cândida.
Estro encontrado, afã sangrado, besta
Lânguida lembrando aquele que sofre.
(O enxofre anuncia a vinda do vil demónio.)
Entrando em vulcões, ardo em mil partes;
Rastejando na lava, desfaço-me em areia alva;
Os grãos, em peso, equivalem aos sonhos.
Os momentos em que hesitei: esperança!
As figuras, os traços, as cores: temperança!
Pretensiosismo e pedantismo: cagança!
Pó (2018), 16:9, Cor, Som, Stereo, 4’00’’
Dust (2018), 16:9, Color, Sound, Stereo, 4'00''
Festivais/ Festivals:
- The Hazel Eye Film Festiva, 2019;
- Videobardo, Buenos Aires, Argentina, 2018.